domingo, 23 de setembro de 2012

As Eleições de 2012 em Angola Minha Terra


As eleições realizadas no dia 31 de Agosto, as terceiras desde a independência, realizaram-se num clima de serenidade, sem confusões e com meios tecnológicos bastante avançados.  O povo, em minha opinião foi o maior victorioso desse processo eleitoral que teve o seu ponto central  o dia das eleições.  Já não se pode dizer o mesmo em relação aos principais intervenientes neste processo, os partidos políticos. Eles mostraram tão somente que são os que saem desse processo com cartão vermelho, uns por atropelaram completamente os princípios da ética e civismo em momentos eleitorais e outros por usarem e abusarem a comunicação social pública que não pertence a nenhum dos partidos políticos concorrentes ou não concorrentes, apesar de não ter sido isto o que transpareceu.

A CNE o órgão encarregue de administrar todo processo eleitoral fez um trabalho sofrível, melhor do que o das eleições  passadas,  mas ainda distante de um trabalho imaculado, pois muitas foram ainda as irregularidades verificadas que em nada poem causa os resultados divulgados mas que não mais se deviam registar desta vez.

Em relação aos partidos políticos, os partidos denominados de “oposição radical” basearam a sua campanha em insultos as figuras do partido no poder tratando-os de gatunos o que, em minha opinião, só não desencadeou um onda de insultos e  contra insultos porque o povo estava nem ai para assistir um espetáculo desse género. Daí  considerar o povo como o maior  victorioso.  A Unita neste aspecto devia merecer o prémio de campeão da tentativa de inviabilização das eleições.

Muitos consideram também que ganhou a democracia, mas democracia com uma utilização excessiva dos meios de comunicação social públicos por parte do partido no poder, com inaugurações em pleno momento de campanha eleitoral, prática essa proibida em países com democracias em estado muito avançado,  é batota e não contribui nada para o equilíbrio que se exige, sobretudo quando já se sabe que quem  fez o que se mostra excessivamente é o partido no poder sem ser somente necessário mostrá-lo em campanhas eleitorais.

Nestas eleiçoes se tivéssemos que premiar os partidos políticos, o premio de tentativa de inviabilização das eleições iria para a UNITA, o prémio de uso excessivo, e de causar enjoo, da comunicação social pública iria para o MPLA, o prémio de insulto as instituições e órgão do Estado iria para a CASA-CE, o prémio de partido regionalista iria para PRS, o prémio de partido sobrevivente iria para FNLA e por fim o prémio de partidos flash que nada trazem de novo para o povo angolano iria para FUMA, CPO, PAPOD e ND.

Quanto a CNE  resta somente dizer  que faltou-lhe coragem para assumir que estavam a fazer  as coisas por cima do joelho e que isso em grande medida pesou muito para que o seu desempenho não conseguisse ser imaculado.

Esperemos por 2017 para ver o que será e como será novamente o processo eleitoral, se será tal como este marcado por uma elevada percentagem de abstenção ou se pelo contrário será o tão desejado  processo eleitoral perfeito. Haver vamos!!!

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